Não pegou nada bem em parte do PMDB, notadamente em meio às alas ligadas ao deputado federal, presidente estadual do partido e pré-candidato ao governo, Mauro Mariani, a inciativa de prefeitos e lideranças do Sul, defendendo o nome de Eduardo Pinho Moreira ao governo em 2018.
No dia 21 de julho, o vice-governador declarou apoio ao projeto do deputado federal, isolando Dário Berger e escanteando Udo Döhler. Em nome de uma suposta unidade do partido. Que não existia à época e obviamente, como se constata no Sul e também pelo silêncio sepulcral do senador Dário Berger, segue inexistindo.
Embora todo o movimento sulista tenha sido pensado para que não haja digitais de Moreira no processo, ficou evidente para quem conhece um pouco de política, que um levante desta magnitude (reunindo quase uma dezena de prefeitos, além de vereadores e lideranças) dificilmente nasce de forma “espontânea.” Consta que o clima azedou novamente e que Eduardo Moreira ligou para Mariani tentando apaziguar o ambiente. Mas o fato é que o vice tem jogado politicamente pensando muito mais no seu futuro do que no do partido.
Enrolação
Estes movimentos de Eduardo Moreira, os de bastidores e os públicos, sugerem que o vice-governador pode estar pensando que o distinto público é bobo. Ligar para Mariani depois do levante para posar como quem está agindo no sentido de deter a conspiração é, no mínimo, brincar com a inteligência alheia.
Cheiro de traições
Aliás, a época é de balões-de-ensaio mil e ensaios com vistas a traições futuras. Nos bastidores, circulam informações que, analisadas friamente, não passam de jogo de cena para confundir. Ainda não se sabe se o “apoio” de Moreira a Mariani se encaixa 100% nesta categoria, mas lorotas como a que Esperidião Amin vai deixar o PP, e de que Napoleão Bernardes abrirá mão da prefeitura de Blumenau para ser candidato a deputado federal são bem difíceis de acreditar.
Embocadura nacional
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) José Zeferino Pedrozo foi eleito, esta semana, 1º vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A nova diretoria presidida por João Martins da Silva Junior terá mandato de quatro anos. Essa foi a primeira vez na história da CNA em que uma chapa recebeu unanimidade de votos entre as Federações que integram o Sistema.
Nuvem negra
Mesmo com o presidente denunciado pela PGR pela segunda vez, dependendo da Câmara para salvar o pescoço novamente, o PMDB, partido de Temer, atua forte para esvaziar o DEM de Rodrigo Maia no contexto federal. O presidente da Câmara, condutor da denúncia contra o presidente por obstrução de Justiça e liderança de Organização Criminosa, está cuspindo marimbondos. Timing absolutamente errado para mexer com a turma de Maia.
Conversa fiada
No fundo, no fundo, toda a conversa mole acerca da “reforma política” tinha e tem um único e exclusivo objetivo: aprovar o fundão eleitoral, distribuindo bilhões para as campanhas de suas “Excelências.”