Senador Paulo Bauer, presidente estadual do PSDB, plenamente recuperado de uma cirurgia cardíaca, vem preparando o partido para as convenções municipais marcadas para o dia 16 de maio. A meta, segundo ele, é fortalecer o partido, atraindo novas lideranças de forma democrática. “O partido não pode ter dono,” assinala ele, salientando que a legenda hoje tem representação em aproximadamente 200 municípios de Santa Catarina.
“Nestes municípios, nós fizemos na última eleição, ou 6% de votos para deputado estadual ou 6% para deputado federal. É um critério estabelecido pelo comando nacional,” acrescenta Bauer. A ideia é conferir legitimidade ao processo interno.
O líder tucano acredita no crescimento substancial do PSDB em número de filiações. O combustível que alimenta esta crença são os números da eleição presidencial do ano passado, quando Aécio Neves fez a maior votação proporcional do país nos dois turnos catarinenses. No segundo, o senador mineiro ficou com quase 70% do total de votos válidos.
O contexto também gera esperanças de fortalecimento da legenda mediante a conquista de prefeituras em 2016. No ano que vem, o PSDB vai buscar coligações com os partidos que fazem oposição a Dilma Rousseff e ao PT, como PSB e Solidariedade. Mas o leque deve aumentar, projeta Paulo Bauer. Segundo ele, deve haver desembarque de partidos aliados ao PT no contexto federal, devido aos sucessivos escândalos, desmandos, inflação e recessão. “Ninguém é louco de permanecer aliado a um partido e a um governo que tem hoje explicações muito sérias a oferecer por corrupção, por falta de ética, por conchavo político, por negociata em troca de cargos,” sentencia o senador. Confira a entrevista na íntegra.
