Empresários e lideranças de Dionísio Cerqueira, Barracão (PR) e Bernardo de Irigoyen (Argentina) reivindicam mais estrutura da Receita Federal
O deputado estadual Marcos Vieira representou a Assembleia Legislativa na mobilização chamada a Aduana é Nossa, nesta segunda-feira (02/04), em Dionísio Cerqueira, extremo Oeste catarinense.
Cerca de 550 pessoas entre empresários , lideranças políticas e transportadores de cargas de Dionísio Cerqueira, Barracão (PR) e Bernardo de Irigoyen (Argentina) estão cobrando mais agilidade da Receita Federal, na Aduana de Dionísio Cerqueira. “Estamos em um processo irreversível de desenvolvimento de todo o Extremo Oeste e temos que nos unir para dar estrutura para quem está investindo e gerando empregos e renda. Os caminhões chegam a esperar mais de 30 dias antes da liberação, o que gera uma despesa desnecessária, além de prejuízos para a nossa economia que é afetada em cadeia”, disse o deputado Marcos Vieira.
A situação, segundo Marcos Voltolini, que preside a Associação Comercial e Empresarial de Dionísio Cerqueira e Barracão – Ascoagrim, a economia do Estado está sendo prejudicada. A mesma opinião tem um dos organizadores do movimento A Aduana é Nossa, Laudi Granoski. “A nossa Aduana precisa funcionar e ser mais ágil, pois assim não há mais condições de trabalhar”, disse Laudi.
O vereador Luiz Fernando Zabot, de Dionísio Cerqueira, afirmou que a situação é grave e antiga. “Precisamos das nossas lideranças presentes, como faz o deputado Marcos Vieira. A Aduana precisa mudar sob pena de Dionísio Cerqueira e Santa Catarina perderem oportunidades de desenvolvimento então vamos a Brasília junto com nossos representantes”, avaliou o vereador
Na última semana o deputado Marcos Vieira recebeu em seu gabinete, na Alesc, o governador em exercício Eduardo Moreira e fez o relato da situação na trifronteira. “O Governador Eduardo Moreira disse que vai se empenhar junto ao Governo Federal para que a estrutura da aduana seja ampliada para atender a demanda que vem crescendo, sob pena de perdemos renda para outros Estados. Por isso marcamos uma reunião em Brasília nesta quarta-feira (04/04) para tratarmos desse assunto na presença do governador e dos responsáveis na Receita Federal”, concluiu Marcos Vieira.
A situação pode ser agravada com a nova rota do milho, que vai trazer o cereal do Paraguai, que seguirá para a Argentina (passando pela província de Misiones em direção a Bernardo de Irigoyen) e chegará até Dionísio Cerqueira. O custo do frete, desta maneira, terá uma queda de 70%, o que daria mais sustentabilidade para o agronegócio catarinense. Santa Catarina já importa milho do Paraguai, mas a rota é maior, passando por Foz do Iguaçú (PR).