Coluna do dia

Viva a democracia

Viva a democracia

Brasília vive em torno do episódio 8 de janeiro. São duas mobilizações distintas. A CPMI, comissão mista, que envolve as duas Casas do Congresso, ou uma CPI, que ficaria restrita à Câmara e ao Senado.
A ex-presidenciável Soraya Thronicke propôs e o faccioso, tendencioso Rodrigo Pacheco tratou de enterrar o assunto na Câmara Alta.
O tal Pacheco resolveu por não instalar a comissão, alegando intempestividade, o que foi contestado duramente na semana passada pelo senador catarinense Esperidião Amin.
Depois disso, nove nobres senadores retiraram as assinaturas. Essa morreu.
Tem a CPMI das duas Casas. O governo segue fazendo força pra evita-la, quatro deputados, a custas de emendas e cargos, já pularam fora.
Estranhíssimo, para dizer o mínimo.

Deputados

Em último caso, existe a possibilidade de uma CPI só da Câmara. Até porque se observa uma queda-de-braço, por protagonismo, entre Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.

Força

O alagoano hoje tem muito mais musculatura política do que o mineiro. Foi reeleito com 464 votos. A Câmara é mais representativa do que o Senado, evidentemente. Dessa disputa pode surgir a CPI do 8 de janeiro restrita aos deputados. O que não faltam são CPIs propostas no Congresso.

Tiroteio

A grande verdade é que o governo Lula está mais perdido do que cego em tiroteio. Ainda não conseguiu construir uma maioria, nem na Câmara nem no Senado.

Verborragia

Muito menos no Congresso Nacional. Porque Lula está priorizando temas não essenciais, a começar pelas próprias declarações intempestivas, verdadeiras asneiras, numa tentativa alucinada e incessante de recolocar Jair Bolsonaro no noticiário político.

Ele, ele

É uma verdadeira obsessão pelo antecessor. A última de que não confia nos técnicos, porque os políticos conhecem um pouco de tudo e os técnicos não sabem nada.

Orcrim

É de uma ignorância ímpar. Um ex-presidiário, líder de uma organização que aparelhou o país, afirmar que os políticos são melhores do que os técnicos do governo é realmente o que este país merece.

Exemplo vem de cima

Na onda do chefe alucinado, ministros vem dando declarações estapafúrdias. A começar por Fernando Haddad, da Fazenda, que colocou em dúvida um acordo com os Estados proposto e conduzido por ele mesmo na questão do ICMS! Loucura, loucura.

Caçador

Já Flávio Dino, sim, ele mesmo, o homem da Maré e da caça às armas dos CAC’s acaba de dizer que o assunto armas dos traficantes não é assunto do Ministério da Justiça.
Seria com quem então, cara-pálida? A cada dia, semana e meses que se passam (já parecem anos) há uma sensação de desgoverno absoluto no Brasil. Preocupações para ontem. E não para o futuro. É nesse ponto que estamos.

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