Coluna do dia

Xô, Temer

Para Eduardo Moreira, o PMDB de Santa Catarina nada tem a ver com o PMDB do contexto nacional. Declaração pública para imprensa em que ele cita, inclusive, o próprio presidente Michel Temer, integrante de um Manda Brasa que, em 2010, quis expulsá-lo da legenda em função da composição eleitoral daquele ano, quando Moreira abriu mão da candidatura ao governo para apoiar Raimundo Colombo. E depois respaldou José Serra à Presidência, ignorando a dobradinha Dilma Rousseff-Michel Temer.

A partir deste posicionamento, o vice-governador cria uma ruptura com o presidente da República. E parece querer fazer crer ao distinto público que existe um “PMDB do B”. Temer, lembrou Moreira – que, aliás, nunca mais havia tocado neste assunto – foi um dos dirigentes nacionais da legenda que votaram pela sua exclusão das hostes peemedebistas.

Além do próprio presidente, o vice cita Moreira Franco, Romero Jucá e Eunício Oliveira. Quem conhece os bastidores da política sabe que o material publicado já está sobre a mesa de Temer, no Planalto.

 

Desgaste

Se há algo que distingue o animal político da esmagadora maioria dos cidadãos é o apuradíssimo instinto de sobrevivência. O rompimento de Eduardo Moreira com Temer e seu grupo vem na hora em que a popularidade do presidente despenca, associada também à roubalheira na Petrobrás, envolvendo figuras “ilustres” do Manda Brasa.

 

Contraponto

Ao optar pelo rompimento com Temer, Eduardo Moreira também faz um contraponto à postura de Raimundo Colombo. O governador está se aproximando de Michel Temer, levando a tiracolo Gelson Merísio, hoje desafeto do vice e do PMDB. Esta semana, durante a homenagem aos colombianos em Brasília, Colombo e Merísio estavam lado a lado com o presidente da República.

 

PP embarca

O convite de Raimundo Colombo (PSD) para que o Partido Progressista (PP) faça parte do governo catarinense foi aceito oficialmente  em audiência no Palácio da Agronômica.  Todas as ações foram definidas em conjunto pela executiva Progressista e pelas bancadas estadual e federal. O deputado estadual Valmir Comin recebeu a incumbência de analisar o convite e automaticamente viabilizar a aproximação das siglas. Ele disse sim após ouvir lideranças do partido e assume a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação. A posse está prevista para o dia 9 de janeiro. Em seu lugar, assume na Alesc o suplente Altair Silva, do Oeste.

 

Pavan atuando

Antes mesmo da oficialização ou da manifestação do presidente estadual do PSDB, deputado Marcos Vieira, sobre a participação do partido no primeiro escalão do governo estadual, o também parlamentar estadual Leonel Pavan  já está atuando como secretário de Estado do Turismo, Esporte e Cultura. Ele está mantendo contato com jornalistas e colocando o bloco na rua. Acaba de confirmar o professor Rodolfo Pinto da Luz na Fundação Catarinense de Cultura; Eriberto Nunes Caetano Junior na Fundação de Esportes e Valdir Walendwosky segue à frente da Setur.

 

Profissionalismo

Pavan também já avisou que tem projeto para a recepção de turistas que chegarem aos aeroportos em voos charters, nas rodoviárias e também na fronteira de Santa Catarina com a Argentina. Pavan também assume no dia 9 de janeiro, abrindo espaço para o suplente Doia Guglielmi subir para a Alesc.

 

Marca de Colombo

Em entrevista ao SBT Meio-Dia de ontem, o secretário Antônio Gavazzoni (Fazenda) cravou: o fato de Santa Catarina enfrentar a pior crise da história, com as contas equilibradas, e sem aumentar impostos, é “a grande obra” do governo Raimundo Colombo.

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