Técnico renomado no setor elétrico nacional, o catarinense Márcio Zimmermann serviu a Dilma Rousseff com lealdade e zelo desde 2003 (mas os dois se conheciam desde os anos 1990), quando a ex-mãe do PAC ainda nem sonhava que poderia chegar à presidência da República. A bordo de diversos cargos, Zimmermann acompanhou a trajetória da petista, aumentando seu prestígio e respeito no contexto nacional em função da competência e seriedade. Atuou na Eletrobrás e no CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica). Por muitos anos, foi o número 2 do Ministério das Minas e Energia, cargo estratégico.
Chegou a ser ministro para um período-tampão em 2005, quando o hoje novamente ministro Edison Lobão deixou o cargo em função da disputa eleitoral. Em abril de 2015, Márcio Zimmermann foi “premiado” com a presidência da Eletrosul. Voltou para casa, depois de anos e anos em Brasília. Mas a estadia durou pouco. A crise econômica e política aprofundou-se de tal maneira, que cargos estratégicos voltaram ao velho e tradicional balcão de negócios. Guilhotinado e substituído por Djalma Berger (PMBD), irmão do senador Dário, que vota fielmente com o Planalto, Zimmermann agora sai de férias após 80 dias na presidência da elétrica. Mas seu abatimento, segundo constataram funcionários da Eletrosul, era visível na solenidade que marcou a posse, terça-feira, 28, do peemedebista no comando da maior estatal federal do Sul.
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